23 setembro, 2005

FALTA (DE) AR

Mês e meio após o envio de uma carta para a SGAL na qual é solicitado esclarecimento sobre a instalação de ar condicionado nos Jardins (aqui), eis a triste realidade.

De acordo com a promotora do projecto Alta de Lisboa, "não foi previsto neste empreendimento a possibilidade da montagem de sistema de Ar-condicionado".

A mesma informa igualmente que "devido à natureza das fachadas e à não existência de varandas não é possível montar unidades exteriores".

Mas então, o que podem esperar os residentes no que diz respeito aos efeitos do astro rei?

Bem, "o edifício respeita a legislação em vigor relativa ao isolamento térmico, como o comprova o respectivo projecto aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa".

E com esta frase lapidar se conclui a exposição da SGAL.
Que este argumento pareça aos demais um evidente disparate é coisa irrelevante, tal como o serão as dezenas de unidades exteriores que, apesar de impossíveis, vão surgir nas fachadas dos prédios durante o próximo verão.

Saúde-se a existência e a clareza da resposta.

22 setembro, 2005

ÀS 21 NA JUNTA

Vai-se realizar no próximo dia 26 de Setembro, pelas 21H, a habitual reunião pública do executivo da Junta de Freguesia do Lumiar.

Como vem sendo difundido em diversos blogs da Alta, esta é uma ocasião soberana para o debate e esclarecimento de dúvidas sobre algumas das questões centrais que afectam a zona de intervenção, graças à possibilidade que coloca de interpelação directa dos responsáveis pela gestão da freguesia.

É igualmente uma oportunidade para encontrar pessoas que comungam dos mesmos problemas e conjugar esforços para a sua resolução.

Podendo, não deixe de estar presente. Tanto mais que, em paralelo com a reunião, deverá ser realizada a eleição dos membros da Comissão Instaladora da Associação de Moradores do Alto do Lumiar (AMAL), um passo determinante para a criação da respectiva Associação.
A este respeito, pode obter mais informação aqui.

21 setembro, 2005

LIMPEZA PARADIGMÁTICA

Após a concretização de uma iniciativa pioneira de limpeza da envolvente ao Condomínio da Torre (Alameda da Música), levada a cabo em 6 de Agosto por um grupo de moradores da malha 15.5 (aqui), realizou-se no último domingo, 18 de Setembro, uma nova descida à rua com o mesmo propósito (aqui).

O grupo, constituído por 15 pessoas munidas de pás, vassouras e sacos de plástico, recolheu o lixo que foi encontrando ao longo dos 3/4 da alameda abrangidos pela iniciativa.

No rescaldo da limpeza, surgiram várias reacções de apoio. Mas há perspectivas contrastantes sobre a sustentabilidade destas acções.

Na opinião de Luís Lucena, um dos dinamizadores da primeira iniciativa e autor de uma carta aberta publicada pelo blog Alta de LX - Condominio da Torre (aqui),
as melhores soluções para os nossos problemas deverão sempre contar com a colaboração das entidades (…) - nomeadamente, CML/UPAL, SGAL, Administrações dos Condomínios, bem como com outras entidades como a Junta de Freguesia, a PSP, Polícia Municipal, etc...”. No entanto, sublinha que este tipo de acções “complementa (e contrasta com) o não fazer e o fazer mal” e possui um efeito “concreto (…), moralizador (…) e envolvente (…).

Por seu turno, ainda que elogiando o civismo dos moradores, um dos comentadores da iniciativa, no blog acima referido, considera que “este tipo de iniciativas só terá efeitos práticos e educativos se forem realizadas simultaneamente com outras iniciativas promovidas pela CML; GEBALIS, SGAL, etc e que incluam quem mais frequentemente deita o lixo para o chão“, numa crítica à falta de envolvimento das entidades oficiais e dos moradores dos PER.

Estas duas perspectivas são representativas das sensibilidades que têm surgido sobre diversas questões em que a demissão das entidades criou vazios de actuação, como no caso da segurança: perante a ausência de medidas, alguns moradores vêm convocando os seus pares para acções de intervenção directa enquanto outros reclamam, acima de tudo, uma resposta por parte das mesmas entidades.

Dado que a Alta de Lisboa possui um tecido urbano de consolidação lenta, é de esperar que esta bipolarização se mantenha em relação a muitas outras questões. Espera-se, no entanto, que com o tempo e um maior esclarecimento de ambas as partes seja possível conciliar as perspectivas para a obtenção de resultados mais abrangentes e sustentáveis.

(este artigo tem os comentários desactivados. Sobre esta matéria, expresse os seus pontos de vista aqui).

20 setembro, 2005

QUINTA DAS CONCHAS INAUGURADA

baseado no artigo da CML, de 12/09/2005, "Quinta das Conchas - Visita ao novo espaço verde no Lumiar".

Realizou-se no passado dia 12 de Setembro a inauguração da Quinta das Conchas, na qual estiveram presentes vários vereadores da CMLisboa assim como o seu ex-presidente, Dr. Pedro Santana Lopes.

Com esta acção, ficou oficialmente concluída a reconversão de uma das duas áreas de mancha verde localizadas na zona sul da Alta de Lisboa, projecto que terá representado um investimento de cerca de 8.230.000 euros.

Os habitantes do Lumiar e da Alta de Lisboa passam assim a dispor de uma área total de 19,5 hectares de parque, os quais se distribuem por uma zona central, de recreio e suporte ao visitante (2), com cerca de 9,1 hectares, e uma zona de mata com cerca de 10,4 hectares (1).

A segunda área de mancha verde, Quinta dos Lilazes (3), que possui comunicação com a primeira, encontra-se sob intervenção e deverá ser inaugurada no decorrer de 2006. O investimento, de aproximadamente 1.900.000 euros, resultará na reconversão de uma área de 5,1 hectares.

Artigo Original

13 setembro, 2005

SGAL ACTUALIZA SITE


Após um largo período de tempo sem actualização, o site oficial da Alta de Lisboa surge agora completamente remodelado.

Embora, no essencial, mantenha a estrutura original, o site apresenta-se visualmente mais apelativo e dinâmico.

Existe uma grande profusão de animações e um conjunto expressivo de imagens que inclui infografias com o detalhe dos acessos, funções e localização dos distintos componentes do projecto, nomeadamente dos empreendimentos já comercializados ou em fase de comercialização.

Uma imagem particularmente interessante é a que se encontra na secção ‘Localização’, a qual fornece uma visão global e relativamente recente da zona de intervenção da Alta de Lisboa, captada via satélite.

Pode igualmente ser encontrada na secção ‘Projecto’, área ‘Pólos Comerciais’, uma imagem (virtual) da zona comercial a edificar junto ao Parque das Conchas, da autoria do arquitecto Tomás Taveira.

Outra área que foi alvo de melhoria é a que diz respeito aos contactos, estando agora disponíveis para consulta diversos números de telefone bem como um formulário de pedido de informações.

Apesar do investimento realizado, há zonas do site menos positivas, como:

  • Equipamentos - não está ainda disponível informação sobre os equipamentos urbanos, existentes ou previstos, para a zona de intervenção;
  • Arquivo de Notícias - possui um número bastante reduzido de ocorrências (3), a mais antiga das quais remonta a Janeiro de 2005, o que está longe de reflectir as etapas já transcorridas do projecto;
  • A Alta de Lisboa na Comunicação Social – não possui conteúdo, circunstância que se poderá dever a um problema técnico ou à ausência de informação para aí colocar. Seja como for, seria interessante que a SGAL desse uso a esta secção, numa óptica de criação de um centro privilegiado de referência sobre o projecto – a ver vamos;
  • Disponibilidades – trata-se de uma área existente nas secções específicas dos empreendimentos - não indica o número de fracções por tipologia ou o andar em que se situam, mas apenas se há disponibilidade, o que sendo compreensível do ponto de vista comercial é de reduzida utilidade para quem já adquiriu uma fracção pois não permite acompanhar a evolução da venda.

Por outro lado, a SGAL continua a não avançar prazos para a conclusão das principais obras, como a Avenida Santos e Castro.

Em conclusão, os clientes e interessados dispõem agora de um espaço renovado sobre a Alta de Lisboa o qual, no entanto, peca por algumas lacunas ao nível da informação sobre a evolução do projecto. Não obstante, a dinamização do site reflecte uma atitude bastante positiva da SGAL, a qual se deseja se venha a estender às restantes vertentes de relacionamento com os clientes.

09 setembro, 2005

AMEIXOEIRA VOLTA A SER NOTÍCIA DEVIDO À INSEGURANÇA

Como se não bastassem as notícias que dão conta da insegurança na Alta de Lisboa, surgem relatos de violência na urbanização Quinta da Torrinha, igualmente localizada na Freguesia da Ameixoeira, junto ao bairro semi-clandestino das Galinheiras. As causas são as conhecidas.

baseado no artigo de Ana Henriques, no Público, de 05/09/2005, "Câmara de Lisboa Promove Casas para Jovens em Bairro de Risco".

Instado pelo jornal Público a comentar as cenas de tiroteio e vandalismo que alegadamente vêm ocorrendo na urbanização Quinta da Torrinha, o autarca Bruno Rôlo confirma: “Vive-se aqui um clima psicológico de terror”. De acordo com os moradores, são correntes os tiros, os assaltos e a venda de droga sem restrições, num cenário que se vulgarizou com o realojamento de 43 famílias de etnia cigana oriundas do Vale do Forno.

Indiferente aos indicadores, a CML vem promovendo desde o início do ano a aquisição de casas neste empreendimento por jovens de baixos recursos, iniciativa que se tem saldado num sucesso de méritos duvidosos dado que 7 meses após a data limite, e outros tantos concursos, ainda estão por vender 15 das 910 fracções, facto a que não será alheia uma taxa intermédia de desistências de 64% .

Em resultado de uma reunião ocorrida há cerca de dois meses, que contou com a presença de vários representantes (CML, Ministério, Junta, outras), concluiu-se que existia “um grave problema de segurança” na zona, “lesivo da qualidade de vida dos residentes e inibidor da chegada de novos moradores”. Diz ainda o documento que “atendendo aos meios disponíveis quer da PSP, quer da Polícia Municipal, torna-se muito difícil garantir a solução deste problema através da acção policial”.

Para suprir estas deficiências, propõe-se aguardar pela entrada em funcionamento dos equipamentos previstos (esquadra da PSP, centro de saúde, centro de idosos, creche) para que se inicie a instalação dos novos moradores.

Em jeito de conclusão, o presidente da Junta referiu que “a ideia da câmara era dar outro ambiente a isto introduzindo aqui jovens (...) mas devia ter primeiro criado condições de segurança, em vez de usar os jovens para essa função”.

TROÇO DE 46 MILHÕES ALIVIA SEGUNDA CIRCULAR

baseado no artigo de Denise Fernandes, no Correio da Manhã, de 30/08/2005 .

De acordo com informações recolhidas pelo diário Correio da Manhã, a empresa Estradas de Portugal (EP) anunciou no dia 29/08, no âmbito de uma visita à obra na qual esteve presente o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, a conclusão do eixo Norte/Sul para o verão de 2006.

Esta via, que se pretende uma alternativa no acesso a Lisboa do trânsito oriundo de Odivelas, Loures e Torres Vedras, será ampliada em 4,5 km pela criação de 4 novos sub-lanços, localizados no prolongamento do viaduto a construir sobre a Av. Padre Cruz, nomeadamente: Ameixoeira; Alto do Lumiar (Alta de Lisboa); Camarate; ligação ao IC17-CRIL.

A obra está orçamentada em 46,5 milhões de euros dos quais 85% provêm do Fundo de Coesão e os restantes 15% do Orçamento do Estado.

EIS MAIS UM BLOG...

...sobre os Jardins de S. Bartolomeu e a Alta de Lisboa.

Mais um espaço que se quer de partilha, de troca de informações, de debate, de iniciativas, que aspira contribuir para a mobilização de todos na procura de soluções para os problemas comuns.

Um espaço complementar dos já existentes, que se pretende orientado ao empreendimento que lhe dá o nome mas sem perder de vista o contexto em que este se insere.

Um voto de confiança no futuro e na concretização de uma nova realidade urbana, onde as dimensões qualidade, urbanismo e paisagismo e os valores da diversidade e da tolerância sejam factos e não apenas promessas.

A todos, sejam bem vindos.