12 fevereiro, 2007

B4 REUNIU

Realizou-se na semana passada, como anunciado, uma reunião dos condóminos do bloco B4. Neste encontro, em que estiveram presentes 6 dos 18 condóminos, falou-se de um pouco de tudo, sendo que as questões que mereceram mais atenção foram:

  • Comportamento térmico das fracções;
  • Defeitos de construção / acabamentos;
  • Administração para 2007;
  • Segurança do condomínio;

COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS FRACÇÕES

A situação actual e, sobretudo, a que se perspectiva para os meses mais quentes, foi unanimemente considerada inaceitável e nada consentânea com o suposto cumprimento dos mínimos exigíveis neste domínio.

Como é sabido, há vários relatos de temperaturas superiores a 40ºC nas divisões orientadas a sul, durante o verão.

Os condóminos são da opinião que, tão breve quanto possível, o empreendimento deve procurar obter evidências deste comportamento anómalo e exigir à SGAL a criação das condições de habitabilidade devidas.

A obtenção destas evidências poderia ocorrer através do recurso a auditorias técnicas por empresa(s) especializada(s), a realizar sobre um conjunto de fracções suficientemente representativo do empreendimento. Os custos desta operação seriam suportados por todo o condomínio e, provando-se a mais que provável inconformidade, imputados à SGAL, senão por negociação directa, por intermédio de acção judicial a interpor contra esta entidade, na qual seria igualmente exigida a correcção da situação pelos meios considerados técnica e imparcialmente adequados.

Certamente que cada uma destas etapas poderia ser precedida de comunicação formal à SGAL, assinada por todos os condóminos, com o objectivo de possibilitar entendimentos prévios e de evitar o recurso aos meios judiciais. Mas a haver um compromisso, este teria sempre que passar pela correcção cabal da situação actual e abranger todo o empreendimento.

Estas medidas e objectivos seriam mais facilmente atingidos através da constituição de uma comissão especificamente para este efeito, algo de que já se ouviu falar mas que ainda não se terá concretizado.

Seja como for, este blog vai publicar até quinta-feira, 15/02, data da próxima Assembleia Geral, um esboço de carta a enviar à SGAL que poderá servir como ponto de partida para o processo aqui descrito.

Agradece-se a todos que contribuam com as suas ideias e sugestões.


DEFEITOS DE CONSTRUÇÃO / ACABAMENTOS

Neste ponto, considerou-se haver igualmente fundamento para a união dos condóminos do empreendimento em torno de um conjunto de defeitos que têm afectado de modo uniforme as fracções, dos quais se nomeiam alguns:

  • Chão e paredes de pedra mármore azul de Valverde
    Trata-se de um tipo de pedra mármore, polida, de rigidez média, permeável aos líquidos e bastante sensível aos ácidos (ver documentação fornecida pela SGAL). Deve ser alvo de impermeabilização a cada 2 anos. Têm sido reportados casos de pedras corroídas e manchadas com frequência. São igualmente referidos os casos das pedras dos WCs, que após uma utilização frequente, começam a desfazer-se.
    Tendo em conta a fragilidade desta pedra, questiona-se a sua selecção e aplicação nas fracções. Questiona-se igualmente se não teria sido preferível optar pela sua vitrificação em lugar de apenas proceder ao polimento e ponderou-se sobre que medidas deverão ser tomadas para ultrapassar esta situação

  • Infiltrações e condensação nas juntas das janelas
    Tem-se verificado com crescente preocupação, o aparecimento de condensação nas janelas e nas zonas de junção entre estas e as paredes. Há inclusivamente tinta a saltar de alguns destes pontos e as paredes começam a apresentar zonas escurecidas. Esta situação deverá ficar a dever-se à condensação da humidade do ar interior nos perfis de alumínio e nos vidros, devido à diferença de temperatura entre o interior e o exterior. Como tanto o vidro como o alumínio são materiais termicamente bons condutores, o fenómeno da condensação regista-se com maior evidência do que se se tratasse de betão. Haverá no entanto que garantir que nenhuma destas situações ocorre por infiltração das próprias paredes, situação essa que claramente mereceria outra atenção.

  • Acabamentos nos acessos das garagens aos blocos
    Os condóminos presentes na reunião consideraram pouco razoável a forma como foram acabados(?) os acessos aos blocos nos pisos -1, -2 e -3. Há rebocos mal disfarçados, não foi feita uma cobertura dos buracos do betão, os tectos apresentam-se por pintar, entre outros defeitos menores. Foi igualmente notada a forma pouco agradável como foram tratadas as tubagens presentes nos halls de acesso aos elevadores. Na opinião dos condóminos, estas poderiam ter sido ‘escondidas’ por armários adequados, o que sem limitar o acesso, permitiria enobrecer aquelas áreas.


ADMINISTRAÇÃO PARA 2007

Tendo em conta o período de 4 meses decorrido desde o momento da transmissão da administração para a Toteser e o número de situações que ficou por resolver até à primeira assembleia, em 30/01/2007, alguns condóminos entendem ser oportuno o debate sobre a continuidade daquela empresa.
Foi, aliás, considerado positivo por todos que surjam alternativas e que as opções sejam devidamente discutidas com o objectivo de promover uma decisão mais esclarecida e consensual. Neste sentido, são esperadas propostas concorrentes da Toteser para a Administração do empreendimento.


SEGURANÇA

Os condóminos gostariam de ver esta questão mais debatida durante a reunião de dia 15/02. Sendo um dado adquirido que deverá haver segurança, já não são tão óbvios os moldes em que a mesma deverá ocorrer ou quanto será razoável pagar por este serviço. Afinal de contas, o que a actual Administração propõe para 2007 custa 114.712 €, ou seja, 22.000 contos na moeda antiga – um valor que convida à reflexão (e a um post exclusivo).
Houve que propusesse na reunião uma solução mista segurança física / vídeo-vigilância, argumentando que só desta forma será possível cobrir eficazmente todo o empreendimento e diminuir os custos de operação. Ao que parece, os custos associados à instalação do equipamento de vigilância são incomparavelmente inferiores ao valor acima referido e o avistamento das câmaras poderia funcionar como elemento dissuasor de actos menos lícitos.
Uma medida que deveria ser tomada de imediato é a alteração dos códigos das portas.

Estas e outras questões serão objecto de um post mais alargado, em jeito de antecipação da reunião de 15/02.