09 setembro, 2005

AMEIXOEIRA VOLTA A SER NOTÍCIA DEVIDO À INSEGURANÇA

Como se não bastassem as notícias que dão conta da insegurança na Alta de Lisboa, surgem relatos de violência na urbanização Quinta da Torrinha, igualmente localizada na Freguesia da Ameixoeira, junto ao bairro semi-clandestino das Galinheiras. As causas são as conhecidas.

baseado no artigo de Ana Henriques, no Público, de 05/09/2005, "Câmara de Lisboa Promove Casas para Jovens em Bairro de Risco".

Instado pelo jornal Público a comentar as cenas de tiroteio e vandalismo que alegadamente vêm ocorrendo na urbanização Quinta da Torrinha, o autarca Bruno Rôlo confirma: “Vive-se aqui um clima psicológico de terror”. De acordo com os moradores, são correntes os tiros, os assaltos e a venda de droga sem restrições, num cenário que se vulgarizou com o realojamento de 43 famílias de etnia cigana oriundas do Vale do Forno.

Indiferente aos indicadores, a CML vem promovendo desde o início do ano a aquisição de casas neste empreendimento por jovens de baixos recursos, iniciativa que se tem saldado num sucesso de méritos duvidosos dado que 7 meses após a data limite, e outros tantos concursos, ainda estão por vender 15 das 910 fracções, facto a que não será alheia uma taxa intermédia de desistências de 64% .

Em resultado de uma reunião ocorrida há cerca de dois meses, que contou com a presença de vários representantes (CML, Ministério, Junta, outras), concluiu-se que existia “um grave problema de segurança” na zona, “lesivo da qualidade de vida dos residentes e inibidor da chegada de novos moradores”. Diz ainda o documento que “atendendo aos meios disponíveis quer da PSP, quer da Polícia Municipal, torna-se muito difícil garantir a solução deste problema através da acção policial”.

Para suprir estas deficiências, propõe-se aguardar pela entrada em funcionamento dos equipamentos previstos (esquadra da PSP, centro de saúde, centro de idosos, creche) para que se inicie a instalação dos novos moradores.

Em jeito de conclusão, o presidente da Junta referiu que “a ideia da câmara era dar outro ambiente a isto introduzindo aqui jovens (...) mas devia ter primeiro criado condições de segurança, em vez de usar os jovens para essa função”.