METRO AO FUNDO DO TÚNEL
Segundo adianta o Semanário Expresso, na edição nº.1782 de 23 de Dezembro de 2006, a expansão da rede do Metro tal como estaria prevista até à data, encontra-se num processo de reavaliação que poderá ditar alterações significativas, algumas das quais com impacto directo sobre o traçado pelo qual a SGAL aspira desde sempre e que funcionaria como argumento de venda de relevância.
Acontece que a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, informou que "acabaram os planos efectuados com base em meros riscos no mapa. Agora será preciso justificar, com estudos rigorosos, a viabilidade de cada euro que se gasta".
Como resultado desta nova(?) orientação, que se saúda mas que desacredita o trabalho que vem sendo realizado pelo Metro, o governo pretende apurar a viabilidade de 2 traçados alternativos: via Campo Grande e via Ameixoeira.
A opção Campo Grande poderá ter pelo seu lado um argumento de peso - a possibilidade de ser criada uma grande estação multimodal já que confluiriam neste ponto 3 linhas de metro: Amarela, Verde e Vermelha. Seria, no entanto, a pior das opções para a Alta de Lisboa uma vez que poria praticamente de parte a criação de uma estação na zona de intervenção (ver imagem). Um panorama pouco animador se se considerar que todas as estações do metro que 'servem' a Alta de Lisboa se encontram na periferia da zona de intervenção.
Pelo contrário, a ligação à Ameixoeira poderia significar o incremento do número de estações na Alta de Lisboa já que o traçado seria mais extenso. Seria igualmente a solução que mais beneficiaria a zona norte e, por inerência, os moradores dos Jardins de S. Bartolomeu, dado que as potenciais estações ficariam necessariamente mais perto desta zona (ver imagem).
Independentemente da decisão, as obras relativas a estas extensões só se deverão iniciar depois de 2012 por não serem consideradas vitais para a rede actual.
Não obstante, estão lançados os dados para uma jogada que poderá ser decisiva para o crescimento e consolidação da Alta de Lisboa, pelo que seria interessante e oportuno iniciar tão cedo quanto possível, junto das instâncias que podem influenciar a decisão, um trabalho de defesa dos interesses dos residentes e de sensibilização para as mais valias que poderiam resultar da opção de uma das 2 soluções que serve a zona de intervenção.
Tanto mais que esta zona passou a contar com um órgão, ARAL, que tem condições para nos representar a todos e que poderá ter um papel determinante neste processo, assim o queiram os residentes da Alta de Lisboa.
Fica o desafio.
As informações aqui colocadas foram extraídas e adaptadas de um artigo do semanário Expresso, edição nº.1782, de 23 de Dezembro de 2006, Caderno de Economia, da responsabilidade de JF Palma-Ferreira. O artigo possui outras informações sobre a expansão da rede do Metro bem como uma infografia da autoria de Jaime Figueiredo e pode ser visualizado pelos utilizadores registados no site.
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